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Mande sua mensagem, que a gente publica!

ジャネッチと歩んだ道                             キタハラ 髙野 聡美 ジャネッチは、浜松市立高校にインターナショナルクラスが設立された際、最初のポルトガル語およびブラジル文学の講師として派遣され、日本とブラジルの教育の懸け橋となってくれました。また、ブラジル史上初となる公立大学の日本語学科において、アフロブラジル人として初めての教授でもありました。 文学部に入る前には、経済学部やコミュニケーション学部も卒業しており、本当に多才な人でした。 何より私の心に残っているのは、2001年か2002年のこと。10階の廊下、スロープへと続く場所で、彼女が私にこう言ってくれたことです。 「せっかくだから文学部に日本語学科を作りませんか? できたら私は最初に入ります。」 その言葉のとおり、ジャネッチは実際に日本語学科の入試を受け、見事合格。第一期生として卒業し、その後大学院も修了して、日本語の同僚となってくれました。そう、ジャネッチは私にとって“元教え子であり、同僚でもあった”特別な存在でした。 いつからか、彼女は私と日本語だけで会話を交わすようになりました。病床から届いた最後のメッセージも、すべて完璧な日本語でした。 リオデジャネイロ州立大学の日本語学科の歴史は、ジャネッチと共にあります。彼女の前向きな姿勢と、いつも新しいアイデアに、私は何度も救われてきました。「これはうまくいかないのでは」と心が折れそうになるたび、ジャネッチのひらめきと明るさに励まされ、前に進むことができました。 私が気づかない学生たちの思いを、さりげなく伝えてくれたことも何度もありました。彼女の存在は、私たちにとって本当に大きな支えだったのです。 -日本の映画やドラマが大好きで -東野圭吾の作品を好み -俳優・阿部寛のファンで -さきいかが大好物だった もっともっと、ジャネッチと話をしたかった。 彼女が私たちのもとを去って、もう一年が経ちます。しかし今でも、何かあるたびに「そうだ、ジャネッチに相談してみよう」と思ってしまう自分がいます。 ジャネッチは、日本で教育を受けたブラジルの若者たちの将来を、いつも真剣に心配していました。今年、東京外国語大学との間にダブルディグリープログラムが設立され、公立大学に進学できる新たな道が開かれました。ジャネッチの生前には間に合いませんでしたが、きっと彼女は、この制度の誕生を心から喜び、応援してくれていると信じています。 ジャネッチ、どうしてそんなに早く逝ってしまったの? もっとたくさん話したかった。もっと相談したかった。 あなたの言葉を、笑顔を、今でも待っている自分がいます。            O Caminho que Trilhamos com Janete                           Satomi Takano Kitahara Quando foi criada a classe internacional na Escola Secundária Municipal de Hamamatsu, foi a Janete quem partiu em missão como a primeira professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, tornando-se uma verdadeira ponte entre os mundos da educação no Brasil e no Japão. Ela também foi a primeira professora afro-brasileira do curso de Japonês em uma universidade pública no Brasil – um marco histórico. Antes de ingressar na graduação de Letras, Janete já havia concluído os cursos de Economia e Comunicação Social, demonstrando toda a sua versatilidade. Mas o que mais ficou gravado na minha memória foi um momento por volta do ano 2001 ou 2002. Estávamos no corredor do décimo andar, perto da rampa, quando ela me disse: “Já que estamos aqui, que tal criar um curso de Japonês no Instituto de Letras? Se isso acontecer, serei a primeira a me inscrever.” Dito e feito. Janete prestou o vestibular, foi aprovada e se formou como aluna da primeira turma. Depois concluiu a pós-graduação e tornou-se minha colega como professora efetiva no curso de Japonês. Sim, Janete foi para mim, ao mesmo tempo, ex-aluna e colega de trabalho. Com o tempo, Janete passou a se comunicar comigo exclusivamente em japonês. Inclusive, as últimas mensagens que recebi dela, já hospitalizada, foram todas em japonês perfeito. A história do curso de Japonês da Universidade do Estado do Rio de Janeiro é inseparável da trajetória da Janete. Sempre otimista, com ideias criativas e inovadoras, ela me ajudou inúmeras vezes. Quando eu achava que algo não daria certo, que estava prestes a desanimar, era o espírito positivo de Janete e suas soluções inesperadas que me encorajavam a continuar. Ela também compreendia os sentimentos dos estudantes, brasileiros e japoneses, e me transmitia essas percepções de forma sutil e cuidadosa. – Ela amava filmes e novelas japonesas – Era fã dos livros de Higashino Keigo – Admirava o ator Abe Hiroshi – E adorava comer “saki-ika” (lula seca japonesa) Eu queria ter conversado muito mais com Janete. Já se passou um ano desde que ela nos deixou, mas até hoje, às vezes me pego pensando: “Preciso perguntar isso para a Janete.” E então me dou conta de que ela não está mais aqui. Ela sempre se preocupou profundamente com o futuro dos jovens brasileiros que estudaram no Japão. Em março deste ano, foi finalmente criado o programa de dupla diplomação entre nossa universidade e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio, possibilitando o ingresso desses jovens não apenas em uma universidade pública brasileira, mas em uma universidade pública japonesa. Não foi possível realizá-lo em vida, mas tenho certeza de que Janete está torcendo por nós, de coração. Janete, por que você partiu tão cedo? Eu queria tanto poder conversar mais com você. Ainda hoje, me pego esperando pelas suas palavras, pelo seu sorriso.

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ジャネッチ先生、11階のD-01教室の扉を開けると今でもジャネッチ先生がいらっしゃるような気がしてなりません。日本文化、特に日本映画へ注ぐ愛情は、日本人の私でも見倣いたいくらい素敵に溢れていました。もっとジャネッチ先生のお話を直接聞きたかったです。これからは「ジャネッチ先生だったら、どんな感想を持つのかな?」と思いながら日本映画を味わうことになるでしょう。出逢えてよかったです。ありがとう。

Janete Sensei, Desde pequena, sempre amei os filmes do Miyazaki, e quando assisti a uma palestra sua pela primeira vez, fiquei muito feliz em ver e saber que existiam pessoas que amavam e estudavam esse tema. Você é uma mulher maravilhosa, o tipo de pessoa que é difícil de encontrar e fácil de admirar – gentil, educada, humilde e extremamente inteligente. Uma pessoa com quem é leve conviver, capaz de deixar todos à vontade em sua presença. Aprendi muito durante o tempo em que fui sua bolsista. Sempre correta e precisa em seus trabalhos, só tenho elogios a fazer, tanto à professora quanto à pessoa que você é. Só lamento sua partida, que, para mim, foi muito repentina. Ainda tinha tanto a aprender com você, Janete Sensei sua ausência será sempre sentida.

Janete, obrigado por todas as conversas, os apoios, as trocas. Aqueles momentos que pudemos falar de nossas inquietações seja em relação a lingua, literatura ou cultura. Queria que você soubesse, que de certa forma eu contínuo a sugestão que você me deu naquela quarta feira. Por conta disso eu achei a " pergunta teórica" que eu estava procurando. Obrigado por tudo.​Caio Márcio Bessa Lima

A Janete Sensei foi uma pessoa importantíssima na minha formação acadêmica. Desde que entrei na universidade a Sensei me acolheu em vários momentos. Fiquei honrado de participar de várias atividades do Elo Nihon logo no meu primeiro período. A Sensei sempre foi incrivelmente atenciosa e me ajudou sempre. Além disso, ela sempre era acessível, trocamos várias ideias pelas redes sociais e recebi inúmeros conselhos. Tenho certeza que eu não estaria onde estou sem as orientações e ajuda da Sensei Não perdi só uma Sensei incrível, mas também perdi uma grande amiga. Muito Obrigado, Sensei! Luiz Fernando dos Santos Velloso Blois Enviada: 12/05/2025, 22:06

Janete foi uma das minhas inspirações nos estudos de japonês e se tornou, além de colega de turma e parceira de trabalho acadêmico, uma amiga muito querida com quem ri muito e também tive conversas profundas. Foi um ser humano maravilhoso e sempre vai deixar saudades pelas boas lembranças que construí com ela! Obrigado por tudo, Jan!

Sensei, graças a sua ajuda e apoio que tive minhas maiores conquistas, e por isso você sempre terá um lugar especial no meu coração. Espero um dia poder te agradecer por tudo.

Em um universo universitário, onde é comum que nos cobremos mais do que deveríamos, Janete-sensei foi a prova de que o aprendizado ainda pode ser conquistado de uma forma leve, através de paciência, criatividade e alegria. Passar metade de uma graduação presos em casa por possibilidades pessimistas devido a uma pandemia global passou longe de ser a experiência mais saudável à cabeça de qualquer um. Retornar à UERJ presencialmente para as aulas da Janete-sensei, então, foi uma espécie de gota de esperança pro futuro. Ela, com seu jeito vibrante, positivo, calmo, acalantador (e deliciosamente irônico), foi um abraço a nós alunos que vivenciamos isso. Foi a "Madagascar" depois da "Mandume", foi aquela parte nos sentais onde o monstro gigante é derrotado e os rangers da vez vão pruma esquete de comédia ao fim do episódio, foi a fagulha de paz depois da confusão. Pra mim, o grande exemplo de o que é ser professora: entender as dificuldades dos alunos nos respectivos momentos e adaptar seu ensino para que os estudos deles sejam empolgantes. Sinto muito pelos kouhais que não conhecerão ela. A essa hora, deve estar lá em cima reclamando do quanto o mangá de "Gokushufudou" desandou lá pelo sétimo volume, ou assistindo a um filme japonês dos anos 90 que ninguém comenta, mas que ela considera um clássico subestimado. Tá fazendo falta. Mas fez o suficiente para mudar a vida de, pelo menos, um aluno aqui.

Sou extremamente grata a Janete sensei por ter me apoiado como me apoiou, por ter me incentivado a estudar, dedicando seu tempo para me ajudar fora das aulas, por ter me acolhido quando passei por momentos difíceis psicologicamente, literalmente me abraçando enquanto eu chorava... Gostaria de poder compartilhar com a sensei todas as coisas que aprendi durante o tempo que passei no Japão, já que ela foi uma parte fundamental da minha jornada e essencial para que eu realizasse meu sonho, mas não conseguimos nos reencontrar desde então. Janete sensei foi representatividade, foi acolhimento e, pessoalmente, foi alguém com que eu pude me abrir para além da relação professora-aluna. Obrigada por sempre ter acreditado em mim. A senhora faz muita falta.

Janete sensei estava sempre disposta a ouvir o corpo docente. Mesmo antes de ser minha professora, parava pelos corredores e conversava com os grupos de estudantes e ouvia as necessidades de todos. Me auxiliou quando precisei me afastar por licença maternidade e teve paciência para me acolher. Uma profissional muito antenada e dedicada, faz falta no convívio uerjiano. Todo meu carinho, respeito e homenagem!

Janete  foi uma colega de trabalho muito discreta, mas sempre atenta. Ela não gostava de participar de reuniões, mas, com certeza, antes das 7h, já estava esperando o funcionário lhe dar a chave da sala de aula. Muitas vezes nos encontramos assim. Conversávamos sempre e eu adorava encontrá-lla.  Era possível ver o carinho recíproco que existia entre ela e os alunos. É um exemplo para todos: como professora, como pessoa, como mulher negra conquistando seu espaço e fazendo história. Meu respeito, meu carinho e minha gratidão por tudo que foi em nosso meio.  Isabel Arco verde Santos Setor de hebraico

Janete Sensei, mais do que professora, era também amiga e conselheira de seus alunos. Sempre encontrava um jeito de compartilhar experiências, indicar filmes japoneses ou sugerir materiais que nos ajudassem a nos aprofundar ainda mais nos estudos. Sua generosidade se revelava nas sutilezas: no jeito atento de ouvir, na delicadeza com que orientava, no amor evidente pela língua, pelo cinema e pela cultura japonesas. Muito obrigado por tudo, Sensei! Guilherme de Castro Henriques Vieira Enviada: 23/05/2025, 21:33

Comecei a estudar com a profª Janete no segundo ano de Letras/português‐japonês. Tenho muita gratidão a todos os professores de Letras que me ensinaram antes dela, mas posso dizer que ela me ensinou a base central da língua japonesa. Muito além da base da gramática, a profª Janete tinha um carinho muito especial no método de ensino dela, de introduzir a cultura japonesa por meio da língua. Era por meio dela que eu sabia das últimas novidades da política do Japão, mas também dos filmes japoneses mais recentes. Lembro de participar das sessões de filmes japoneses que ela organizava, com filmes de drama, animação e até mesmo suspense, mesmo depois de passar a manhã e a tarde toda assistindo aulas de outros professores. Participava mesmo quando ainda não estudava com ela como professora, mas ela recebia todos que quisessem participar, independente do curso ou período letivo. Admirava muito a força dela, pois lembro que na época que tinha aulas com ela, a profª Janete estava escrevendo sua tese de doutorado em cinema japonês. Eu no lugar dela, não sei se conseguiria ter o mesmo foco de lecionar e escrever uma tese de doutorado, como ela conseguiu. Ao longo dos anos, ela me deu muitos conselhos que levo para a vida, que serviram tanto para aprender mais sobre a língua e cultura japonesa, como para meu crescimento pessoal. Quando soube da sua partida, senti muita tristeza e até uma certa revolta. "Como assim o mundo não vai poder conhecer mais sobre quão brilhante a profª Janete foi?", pensei comigo durante duas longas semanas. Sinto muita saudade dela, mas sinto ainda mais por quem não teve a chance de conhecê-la. Tenho certeza absoluta de que só tive a capacidade de desenvolver a fluência na língua japonesa por conta de um esforço maior ainda da profª Janete, que abriu caminho para as gerações depois dela. Se ela pudesse me ouvir, eu diria para ela que tudo deu certo, mesmo com as dificuldades, e sei que ela entenderia perfeitamente. Gratidão para sempre à profª Janete Oliveira e seu legado no ensino da língua e cultura japonesa, bem como seus estudos precursores do cinema japonês em língua portuguesa. Jamais esquecerei dela, trago ela comigo com carinho na memória e no coração.

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